quarta-feira, 29 de abril de 2015

A Torre do Desassossego

Hoje trago este livro, que andou cerca de 1 ano na minha mesa de cabeceira e ainda fez algumas viagens comigo, esperando contar-me a sua história.
Devo confessar que foi uma leitura difícil. O tema, a exposição de fatos, a minha ignorância face a muito do que está relatado e ainda a violência de algumas passagens, foram adiando palavras.
Já todos ouvimos falar da Al-Qaeda, dos Jihadistas, do Fundamentalismo Islamico e outras atrocidades que se anunciam como o bem de uma Nação. (Na história recente tivemos Hitler e agora os guerreiros do Islão). 
Ainda assim, não estava preparada para o que li.
Começamos com uma revolta no Egito, uma massa populacional formada que se    indigna com um regime que não incentiva o rigor do Islão, potencializado por um livro de incitamento ao martírio em 1965, passamos pelos desaires bélicos do Afeganistão, colocamos um pé nos acontecimentos que o dinheiro e condição social na Arábia Saudita promovem e centralizámos a insatisfação em dois homens que iniciarão anos antes uma onda de ataques religiosos que não pararam e encontram, ainda hoje, seguidores a nível mundial.
Uma palavra também ao espírito de "quintinhas" dos elementos da CIA e do FBI que, teoria da conspiração ou não, sonegando informação priveligiada e de extrema importância no desenrolar dos acontecimentos, não conseguem impedir os ataques do 11 de setembro de 2001.
Das 461 páginas, deixo-vos uma passagem que me marcou especialmente pela brutalidade e frieza com que se joga com a vida, preocupação e sensibilidade do ser humano.
"Uma das lições que Zawahiri aprendeu com o seu atentado à bomba, três anos antes, na embaixada egípcia de Islamabad, foi a de que uma explosão inicial fizera com que as pessoas fossem de imediato à janela, sendo decapitadas pelos vidros que voaram quando a verdadeira bomba explodiu." É portanto um exemplo a seguir.
Numa guerra em que já não se respeita o que Alá diz sobre poupar mulheres e crianças, alterando-se fatwas em função das necessidades, parece que vale tudo em nome desse mesmo deus.
A Torre do Desassossego será então o World Trade Center que já havia sido alvo de um ataque terrorista em 1993 e que, para deleite dos terroristas, cai finalmente em 2001, como símbolo da decadência dos EUA e da população ocidental.

sexta-feira, 3 de abril de 2015

Os Efeitos da Moda

Ninguém pergunta como se consegue acompanhar a moda nestes tempos de crise?! 
O apelo às novas tendências, os fashionistas, os fashion blogueres, os canais temáticos e as apresentadoras dos canais públicos e privados, sempre com looks fantásticos e que parecem fazer maravilhas pela imagem! 
Claro que depois há as dicas de como estar na moda sem gastar muito dinheiro... Oh... Não percebo nada disto... 
Para mim prefiro as peças que se impõem, aquelas que nos distinguem pela qualidade, corte, padrão, originalidade. 
Até este ano optei por roupas mais caras mas que marcavam a diferença, diminuindo a probabilidade encontrar no local de trabalho ou na rua outra peça igual à minha. Tinha menos que a maior parte das pessoas, mas sentia-me bem com elas! 
Uns bons sapatos, uma mala de qualidade e estava tudo bem.
Agora tudo tem vindo a mudar. Com o poder de compra a diminuir tão rapidamente como as mudanças de tendências, fica difícil, para mim, acompanhar o guarda roupa.
A solução, que vou vendo em blogues, consultores de moda e no instagram passa por comprar em
Multinacionais. Com roupas mais baratas, de qualidade relativa e feitas à escala global, podemos conseguir o mesmo look sem hipotecar a carteira. Apesar de que, quem sabe do que falo, não é a mesma coisa! Os tecidos e o corte marcam a diferença e justificam o que pagamos a mais. Atenção que não falo de marcas caríssimas, apenas mais caras do que outras!
Por isso, tenho tido alguma dificuldade em aceitar que o meu orçamento já não dá para aquelas calças ou para aquele casaco fantástico, muito menos para vários sapatos por estação. Por outro lado, passar para o lado da globalização, "do teu look, meu look", tem-me criado algumas dificuldades na hora de comprar roupas novas... 
A verdade é que é apenas roupa e só tem a importância que lhe damos.





segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Ensino Profissional


Ensino Profissional...

Fico um nadinha chateada ou aborrecida quando ouço alto o que mentes privilegiadas deviam manter só para si. 

Sobre ele diz-se que:

1.º - facilita

2.º - não instrui

3.º - não incentiva o pensamento

4.º - absorve capital

5.º - facilita

6.º - facilita

7.º - beneficia alunos em risco de abandono escolar

8.º - (não me quero repetir, mas acho que é ... facilita)

Para não voltar aos tempos antes do 25 de Abril, começo por hoje…

Tendo em conta que a escolaridade obrigatória se estendeu até aos 18 anos e sabendo que alguns alunos, de meios desfavorecidos ou não, não veem na escola um futuro, um projeto, um caminho, torna-se necessário encontrar alternativas, entre elas o ensino profissional, que ao logo das últimas décadas foi perdendo reconhecimento.

Não considero de todo que os alunos não sejam estimulados, talvez o sejam de forma bastante mais humana, pessoal e social, já que profissionalmente falando... os recursos são muito poucos.

Não acredito no facilitismo, mas na defesa de valores. O simples despejar de uma habilidade e treiná-la, só por si não é educação e para que seja profissional, há muito a fazer na área das competências pessoais e sociais. Ser um exímio soldador, mecânico ou assistente, devia incluir uma postura correta, educada, sensível.

Se absorve capital é porque o país não suporta só os doutores, arquitetos, engenheiros… é porque alguém precisa saber arranjar um carro quando o de um médico, professor… avaria.

Se abarca alunos em risco de abandono escolar, é porque alguém insistiu para que fosse preciso estudar até aos 18, quando estes alunos aos 13, 14 ou 15 já apresentam elevado absentismo escolar.

Isto não é facilitar, é criar oportunidades, é levar os alunos a refletir numa causa, a sua. O facilitismo está dentro daqueles que acreditam que é menos válido, ou dos que não acreditam em nada. Facilitar um nota a um aluno do ensino profissional, quando algumas disciplinas não estão ajustadas à realidade do curso e das exigências diárias é aproximá-lo de um futuro, de uma meta, sem que isso belisque o essencial.

Os alunos podem não gostar da escola por inúmeros motivos, cabe à Instituição prever estas situações e dar-lhes método, ferramentas e respeito.

terça-feira, 17 de abril de 2012